Mestre Bimba

Mestre Bimba nasceu em Salvador em 1899. Trabalhou como minerador de carvão antes de criar a capoeira regional.

 

Ao perceber que a capoeira estava perdendo seu valor cultural e enfraquecendo enquanto luta, Mestre Bimba misturou elementos da Capoeira Tradicional com o batuque (luta do Nordeste Brasileiro extinta com o passar do tempo) criando assim um novo estilo de luta com praticidade na vida, com movimentos mais rápidos e acompanhada de música. Assim conquistou todas as classes da sociedade. Foi um excelente lutador e acima de tudo um grande educador, foi o responsável por tirar a capoeira da marginalidade. Praticantes dessa arte se denominam “capoeiristas”, pois, para eles, a capoeira é um estilo de vida – ser, pensar, agir como a arte da capoeira.

 

Bimba impunha regras para os praticantes da capoeira regional, sendo elas:

 

  • Não beber e não fumar. Pois os mesmos alteravam o desempenho e a consciência da capoeira;
  • Evitar demonstrações de todas as técnicas, pois a surpresa é a principal arma dessa arte;
  • Praticar os fundamentos todos os dias;
  • Não dispersar durante as aulas;
  • Manter o corpo relaxado e o mais próximo do seu adversário possível, pois dessa forma a capoeira desenvolveria mais.

 

No vídeo “Relíquias da Capoeira: Depoimento do Mestre Bimba”, um documento audiovisual em VHS produzido por Bruno Farias, o próprio Manoel comenta sobre os motivos que o fizeram se mudar para Goiânia, onde ele conseguiu mais apoio financeiro. Posteriormente, em uma reunião de especialistas em capoeira no Rio de Janeiro, explica-se mais sobre o nome do esporte, sobre a criação da capoeira regional e sobre esse lendário personagem chamado Mestre Bimba.

No início, havia apenas um “estilo” de Capoeira – o estilo original usado como ferramenta e expressão dos escravos africanos longe de sua terra natal. Dentro dessa Capoeira original, eles buscavam beleza e liberdade, movimento e dança e, finalmente, uma arma para se proteger dos perigos de uma vida em cativeiro.

Quando os escravos alcançaram sua liberdade, a capoeira os acompanhou para fora da escravidão e para a sociedade em geral. Uma vez afastada de suas origens culturais, a capoeira começou a degenerar de uma celebração da liberdade e liberdade para uma forma cruel e sangrenta de luta de rua. O capoeirista não era mais reverenciado como lutador da liberdade e herói, mas temido como rufião, bandido e criminoso. Não demorou muito para que as autoridades declarassem a capoeira ilegal. Apenas ter conhecimento da arte tornou-se uma ofensa punível. Devido à opressão oficial, sua prática foi esquecida ou caiu em desuso na maioria das cidades brasileiras. A capoeira quase se tornou uma arte perdida.

Foi só na sua Bahia natal que a capoeira se manteve viva, e foi daqui que ela veria seu renascimento. No início do século XX, a capoeira foi resgatada quase que sozinha por um homem: Mestre Bimba. Depois que um grupo de diplomatas estrangeiros ficou impressionado ao assistir a uma demonstração de capoeira de Mestre Bimba e seus alunos, o governo brasileiro finalmente decidiu reconhecer a capoeira como uma forma de arte cultural nativa única e merecedora de proteção.

Abrindo a primeira academia legal de Capoeira em 1932, Mestre Bimba também procurou tornar a Capoeira mais “legítima”. Desenvolveu um novo estilo de Capoeira conhecido como Regional . Este estilo trouxe estrutura e métodos sonoros de ensino para a arte, mas infelizmente minimizou o uso da música e os movimentos mais lúdicos da Capoeira.

 

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